quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

A HUMILDADE UMA CHAVE PRA SALVAÇÃO DA ALMA

                                                           

                                                                         '' Pelo Padre Nicholas  Gruner, S.T.L., S.T.D. (Cand.)

Num artigo anterior, expliquei que o tempo em que vivemos é perigoso para quem quiser salvar a alma. Vivemos num tempo de apostasia geral, e muita gente, incluindo familiares e amigos, perderam a fé por variadas razões pessoais, mas também por causa da apostasia que procede do Vaticano de hoje. Esta apostasia está a ser-lhes incutida a nível das suas paróquias.
A apostasia é também promovida por Hollywood, pela publicidade, pelos meios de comunicação seculares, pelos partidos políticos e, em geral, pelo ambiente cultural em que vivemos, tanto na Europa como na América do Norte ou na América do Sul.

A África e a Ásia têm os seus problemas, como nós temos, especialmente por causa da novidade pós-conciliar da inculturação, em que rituais de vudu são incorporados nas liturgias católicas em África, e rituais hindus são incorporados nas liturgias católicas na Índia. Vários Bispos nestes países chegam a aprovar este escândalo.

Assim, os Católicos estão a ser iludidos pela apostasia, porque parece estar em toda a parte e vem através de canais que, no passado, lhes foram incutidos como sendo "dignos de confiança."
Por outras palavras, antigamente podíamos seguir o exemplo e os ensinamentos do Papa, dos Cardeais, dos Bispos, das chancelarias,dos padres e das ordens religiosas. Sabíamos, evidentemente, que os meios de comunicação seculares não eram necessariamente favoráveis a Jesus Cristo ou à Igreja Católica. Sabíamos que os partidos políticos estavam,em geral, mas interessados em aumentar o seu poder do que em apoiar o reinado de Nosso Senhor Jesus Cristo-Rei.

Mas hoje, quase todos os nossos párocos, os nossos Bispos e as nossas Ordens religiosas estão a promover serviços cultuais que não nos chegaram através da Sagrada Tradição. O que alguns deles hoje promovem seria explicitamente rejeitado antes do Concílio Vaticano II, como, por exemplo, várias manifestações do movimento pentecostal (o Movimento Carismático), que, no clima actual da Igreja, podem dar a impressão de serem católicas, mas não são.

Os que detêm o poder, estejam eles nas chancelarias ou no Vaticano, ou sejam eles superiores religiosos, que estão a promover a nova religião nas suas novas expressões, escandalizaram os pequeninos até eles acreditarem que o que se passa deve estar bem, porque os seus "superiores" alinham nessas coisas.
Assim, vivemos em tempos muito difíceis para a salvação da nossa alma, devido ao escândalo que nos rodeia; não importa que as pessoas que nos escandalizam actuem por malícia, ignorância, fraqueza ou preguiça.

Alguns fazem-no por ignorância. Não sabem que o que estão a fazer é contra a Fé e a moral.
Alguns fazem-no por malícia. Sabem que estão a fazer mal. Aprenderam o suficiente nos seus estudos, mas querem o poder, o prestígio, as posições dentro da Igreja que acompanham a falsa religião, a religião conciliar, e estão ao seu alcance.

Alguns fazem-no por fraqueza. Embora não gostem da "nova religião", têm receio de protestar, para não perderem o salário ou as pequenas coisas da vida que o conformismo lhes traz. Ou têm receio de, ao dizer franca e simplesmente a verdade, estarem a opor-se a pessoas que são mais poderosas do que eles.
Alguns fazem-no por preguiça. Embora não tenham receio dos seus superiores, e não sejam ignorantes. Sabem que estão a proceder mal. Sabem que o que estão a promover é errado. Não o fazem por ignorância ou fraqueza, mas por preguiça, Sabem que, se protestarem, metem-se em trabalhos. O que representa um grande esforço. Exigiria que fossem mais vigorosos no seu estilo de vida. E atrair-lhes-ia inimigos, pessoas que agora são neutras em relação a eles.

Quer seja por ignorância, ou fraqueza, ou malícia ou preguiça, o facto é que a grande apostasia caiu sobre nós. O facto é que as orientações actuais estão a levar as almas a negar a Fé Católica, que há só uma religião que Jesus Cristo fundou – e que devemos pertencer a essa religião para salvarmos as nossas almas.
O facto é que devemos abraçar a Fé Católica, inteira e incorrupta, para salvarmos a alma. Sabemos isto porque é o Credo Atanasiano que nos diz. Devemos adorar a Deus na Fé Católica e segundo os ritos católicos que nos vêm dos Apóstolos. Este culto católico autêntico encontra-se nos ritos recebidos e aprovados.

E o rito recebido e aprovado que não nos podem tirar é a Missa Tridentina. Sabemos isto pela Bula Quo Primum do Papa S. Pio V, que declara:
"E Nós concedemos e permitimos em perpetuidade que possam, por todos os meios, usar este Missal (o Missal Tridentino) para cantar ou rezar a Missa em qualquer igreja que seja,sem qualquer escrúpulo de consciência, sem incorrer em quaisquer penas, sentenças ou censuras; e para que possam fazer isto e poder usar este Missal livre e legalmente, Nós, por virtude do Nosso Cargo Apostólico, concedemo-lo e permitimo-lo para sempre."

"Ninguém pode ser obrigado a dizer a Santa Missa de maneira diferente da que foi determinada por Nós; ninguém, nem Pastores (Praesules), Administradores, Cónegos, Capelães, e outros sacerdotes seculares de qualquer Ordem que seja; e, da mesma maneira, Nós determinamos e declaramos (isto é, ordenamos oficialmente) que ninguém seja obrigado ou coagido por ninguém a alterar este Missal, ou que esta carta seja alguma vez retirada ou a sua eficácia restringida (moderari), mas que seja sempre firme e forte em todo o seu vigor (in suo existent robore)."

Foi por causa desta Missa Tridentina que o Papa João Paulo II convocou em 1986 uma Comissão de nove Cardeais. Foi decidido por unanimidade que esta Missa ainda
pode ser celebrada por qualquer sacerdote católico. Sabíamos também isto pela seguinte declaração do Concílio de Trento:

Os "ritos recebidos e aprovados da Igreja Católica" não podem ser mudados "por qualquer pastor da Igreja, seja ele quem for (per quemcumque ecclesiarum pastorem) passando para outros ritos novos". (Ver Concílio de Trento, Sessão 7, Cânone 13.) (Dz. 856)

Devemos resistir a quem nos quiser levar a proceder doutra maneira. Devemos resistir, quanto mais não seja passivamente, não seguindo os novos ritos, as novas doutrinas, as novas práticas, as novas maneiras de falar que causam confusão. Devemos resistir activamente até onde tivermos forças e oportunidade, defendendo a Fé Católica e os ritos católicos contra os que querem atacar a nossa Fé e os bastiões da Fé, contra os que querem promover a nova religião.

                               Estejamos atentos: Também nós devemos ser humildes
Mas há outro problema que também nos enfrenta. Devemos também resistir às manhas do demónio. Devemos estar espiritualmente atentos contra o orgulho. De facto, Deus demonstrou-nos a verdade da Fé Católica tradicional e fez notar que a falsa religião conciliar opõe-se à Fé Católica. Mas devemos ter presente que não é pelos nossos méritos, pelos nossos esforços, que temos esta graça. Ninguém, só pelo seu próprio poder, pode ter a certeza de não ser enganado — nem sequer os predestinados, os eleitos. É pela misericórdia de Deus e pela graça de Deus que podemos ver claramente. "Até os eleitos seriam enganados, se tal fosse possível," disse Jesus, referindo-se a tempos como o nosso.

Devemos ter presente que assim é pela graça de Deus, e não por qualquer mérito nosso. Como Deus nos deu esta grande graça, espera algo do investimento que fez em nós. Deus espera, primeiro que tudo, que sejamos santos. assim, na nossa defesa da Fé Católica, na defesa das práticas e dos sacramentos católicos, nunca devemos perder a coragem nem esquecer a caridade. Mas não devemos ficar orgulhosos.
Em primeiro lugar, precisamos de ter um programa para o nosso bem espiritual. Esse programa foi delineado por Nossa Senhora de Fátima. E esse programa consiste em adorar o único Deus Verdadeiro; e não só em teoria, mas também na prática.

Por isso, devemos rezar frequentemente a oração que o Anjo ensinou aos pastorinhos na Primavera de 1916. Devemos adoptar, quando estivermos sós, a postura que o lhes ensinou a usar quando rezassem esta oração; a saber, rezar prostrados no chão onde estivermos, colocando-nos na presença de Deus e dizendo:

"Ó meu Deus, eu creio, adoro, espero e amo-Vos; e peço-Vos perdão para os que não crêem, não adoram, não esperam e não Vos amam."

Devemos seguir o conselho que o Anjo deu no Verão de 1916, rezando frequentemente aos Sagrados Corações de Jesus e Maria, lembrando-nos que Eles estão à espera de ouvir as nossas orações. Como Nossa Senhora pediu, devemos oferecer

sacrifícios pela conversão dos pecadores; devemos deixar que tudo o que façamos seja um sacrifício oferecido a Deus pela conversão dos pecadores.

Antes de mais, devemos aceitar todas as contradições, as inconveniências, os insultos, as incompreensões, as desconsiderações, o trabalho, o tempo, as maçadas que os amigos ou inimigos nos dão; e oferecer tudo isto a Deus e a Jesus e Maria pela conversão dos pecadores.

Devemos rezar a oração que o Anjo lhes ensinou no Outono de 1916, especialmente perante o Santíssimo Sacramento. Devemos também rezá-la na privacidade do nosso quarto, colocando-nos, pelo menos na nossa imaginação, perante o Santíssimo Sacramento, presente no sacrário da nossa capela ou igreja mais próxima. Podemos também rezar esta oração prostrados no chão, quando não está mais ninguém presente, como os três pastorinhos fizeram, repetindo as palavras que o Anjo lhes disse:

"Ó Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, adoro-Vos profundamente e ofereço-Vos o Preciosíssimo Corpo e Sangue, Alma e Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo, presente em todos os sacrários do mundo, em reparação por todas as blasfêmias, ultrajes e indiferenças pelos quais é ofendido. E peço, pelos infinitos méritos do Sacratíssimo Coração de Jesus e do Imaculado Coração de Maria que queirais converter os pobres pecadores."

                             A humildade é necessária

Devemos estar alerta contra o orgulho. É o pecado capital de todos os pecados capitais. É pelo orgulho que vêm todos os outros pecados. E o orgulho tem uma natureza especialmente manhosa, esconde-se da própria pessoa que tem orgulho. Rezemos muitas vezes: "Jesus, mando e humilde de Coração, fazei que o meu coração seja como o Vosso."

Cada um de nós que lereste artigo, até mesmo eu, padece de orgulho. Devemos todos combatê-lo. Devemos conhecer os vários tipos de orgulho que temos. E devemos esforçar-nos continuamente para o combater.
Para o ajudar, reproduzimos neste número "Orgulho: O pecado mais detestado por Deus" (em inglês), o capítulo sobre o Orgulho do folheto Os Sete Pecados Capitais.

Para vencer o orgulho, devemos ser humildes. A primeira maneira de ser humilde é aceitar todas as humilhações que Deus permitir que suportemos; aguentar até as que não merecemos. Isto não quer dizer que nunca nos defendamos; quer antes dizer que devemos reconhecer perante nós próprios: ‘Se eu não tenho culpa neste assunto, ou não mereço esta acusação, há outros pecados que cometi e que exigem que eu me humilhe por causa deles.’

Devemos rezar pela humildade. Devemos especialmente rezar o Rosário, porque, como Nossa Senhora nos prometeu, o Rosário ajudar-nos-á a vencer o vício, diminuir o pecado e confundir o erro. Não podemos receber estes dons sem aumentarmos a nossa humildade. Devemos receber os Sacramentos com frequência, e especialmente

confessar-nos pelo menos uma vez por mês, ou, melhor ainda, uma vez por semana, a um bom confessor.
A outra virtude que devemos praticar, acima de todas as outras, é a virtude da caridade. Se recebemos dons de Deus (e, de facto, todos nós recebemos), especialmente os dons da Fé e do conhecimento e da compreensão, devemos usar estes dons para salvar as almas do fogo do inferno e oferecer sacrifícios e orações pela sua salvação.

Devemos também exprimir o nosso amor por Jesus, fazendo reparação pelas ofensas, pelos sacrilégios,pelos ultrajes e pelas indiferenças que tanto O ofendem.
Devemos fazer reparação ao Imaculado Coração de Maria por aqueles que blasfemam a Sua Imaculada Conceição, a Sua virgindade perpétua, a Sua Maternidade de Deus; por aqueles que A atacam nas Suas estátuas e imagens sagradas; e por aqueles que afastam o coração das crianças da devoção à sua boa Mãe. São estas as ofensas pelas quais Nosso Senhor e Nossa Senhora nos pediram especialmente que fizéssemos os Cinco Primeiros Sábados de Reparação ao Imaculado Coração de Maria.


                                 Então o que devemos  fazer, já?
1.Humilhe-se perante Deus, dizendo: "Meu Deus, tende piedade de mim, que sou pecador." (Lc. 18:13)

2.Pare o que está a fazer e reze três Ave Marias; e prometa a Nossa Senhora que fará o mesmo todos os dias enquanto viver. Prometa que ganhará o hábito de o fazer logo de manhã, ao levantar, antes de mais nada.

3.Comprometa-se a rezar o Rosário (ou pelo menos o Terço) todos os dias. Se já o faz, renove o seu compromisso.

4.Ponha o Escapulário Castanho, use-o todos os dias, sempre e em toda a parte. Obtenha mais um ou dois, para os ter à mão quando o que está a usar se quebrar ou estragar.

5.Veja como podemos cair no orgulho, conhecendo os diversos tipos de Orgulho. Leia "Orgulho: O pecado mais detestado por Deus (em inglês)" e resolva-se a combater todos os dias o orgulho.

6.Tome a resolução de resistir à apostasia que está a fazer por o conquistar, a si, à sua família e aos seus amigos.

7.Faça a resolução de assistir à Missa como foi sempre dita, antes do Concílio Vaticano II. Leia livros católicos que foram aprovados antes do Vaticano II e convença outras pessoas a fazer o mesmo. Faça leituras espirituais, das que foram recomendadas pelo santos. Não leia nem siga os livros inspirados na nova teologia. Convença outras pessoas a fazer o mesmo.

8.Volte a ler este artigo e peça a Nossa Senhora que lhe mostre o que ainda pode e deve fazer.
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eis  ai  um balsamos de virtude que precisamos pra nossa salvação

http://www.fatima.org/port/crusader/cr77/cr77pg11.pdf

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