sábado, 9 de março de 2013

EIS QUE ELE AMOU OS SEUS ATÉ A MORTE DE CRUZ




Eis alegria dos santos, jesus crucificado, não nos tornemos
inimigo da cruz do senhor como diz São Paulo, mais buscamo
seus exemplos porque sua caridade nos constrangi,assim nos
dar mais força pra irmos em frente porque olhar o Deus
pregado numa cruz por nossos pecados só muita ingratidão,
não amar verdadeiramente.


-----------------------------------xxxxx-----------------xxxxx-----------------

Quanto agrada a Jesus Cristo que nós nos lembremos continuamente
de sua paixão e da morte ignominiosa que por nós sofreu,
muito bem se deduz de haver ele instituído o Santíssimo Sacramento
do altar com o fito de conservar sempre viva em nós a memória do
amor que nos patenteou, sacrificando-se na cruz por nossa salvação.
Já sabemos que na noite anterior à sua morte ele instituiu este sacramento
de amor e depois de ter dado seu corpo aos discípulos, disse-lhes
— e na pessoa deles a nós todos — que ao receberem a santa
comunhão se recordassem do quanto ele por nós padeceu: “Todas
as vezes que comerdes deste pão e beber de deste cálice, anunciareis
a morte do Senhor” (1Cor 11,26). Por isso a santa Igreja, na missa,
depois da consagração , ordena ao celebrante que diga em nome de
Jesus Cristo: “Todas as vezes que fizerdes isto, fazei-o em memória
de mim”. E S. Tomás escreve: “Para que permanecesse sempre viva
entre nós a memória de tão grande benefício, deixou seu corpo para
ser tomado como alimento” (Op. 57). E continua o santo a dizer que
por meio de um tal sacramento se conserva a memória do amor imenso
que Jesus Cristo nos demonstrou na sua paixão.
Se alguém padecesse por seu amigo injúrias e ferimentos e
soubesse que o amigo, quando se falava sobre tal acontecimento
nem sequer nisso queria pensar e até costumava dizer: falemos de
outra coisa — que dor não sentiria vendo o desconhecimento de um
tal ingrato? Ao contrário, quanto se consolaria se soubesse que o
amigo reconhece dever-lhe uma eterna obrigação e que disso sempre
se recorda e se lhe refere sempre com ternura e lágrimas? Por
isso é que todos os santos, sabendo a satisfação que causa a Jesus
Cristo quem se recorda continuamente de sua paixão, estão quase
sempre ocupados em meditar as dores e os desprezos que sofreu o
amantíssimo Redentor em toda a sua vida e particularmente na sua
morte. S. Agostinho escreve que as almas não podem se ocupar com
coisa mais salutar que meditar cotidianamente na paixão do Senhor.
Deus revelou a um santo anacoreta que não há exercício mais próprio
para inflamar os corações com o amor divino do que o meditar na
morte de Jesus Cristo. E a S. Gertrudes foi revelado, segundo Blósio,
que todo aquele que contempla com devoção o crucifixo é tantas
vezes olhado amorosamente por Jesus quantas ele o contempla. Ajunta
Blósio que o meditar ou ler qualquer coisa sobre a paixão traz-nos
maior bem que qualquer outro exercício de piedade. Por isso escreve
S. Boaventura: “A paixão amável que diviniza quem a medita” (Stim.
div. amor. p. 1. c. 1). E falando das chagas do crucifixo, diz que são
chagas que ferem os mais duros corações e inflamam no amor divino
as almas mais geladas.

Livro a paixão de nosso senhor jesus cristo 
SANTO AFONSO DE MARIA DE LEGÓRIO 

Nenhum comentário: